terça-feira, agosto 10, 2010

Paixão

Projectada por Carroll Shelby, abriu os olhos pela primeira vez em 1967. A minha "Leonor". E que grande "mulher" que ela é. Tem o subtil poder de ser desejada por tudo quanto é ser humano, quer seja homem ou melhor, novo ou velho, louco ou são. Se para mim, uma tarde de Sábado passada a conduzir um Talbot Horizon 1.6 Marathon sem destino é equivalente a estar no Céu, entao se substituirmos o Talbot pela minha "Leonor" não sei se me aguentava por estes lados!
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Fiquei bastante surpreendido quando visitei o Convento de Mafra e vi que o Rei D. João V já possuía um brinquedo destes no seu salão de jogos! Mas mais do que isto, surpreendeu-me ver uma (embora muito rudimentar) máquina de pinball. O homem reinou em Portugal de 1707 até 1750, como é que já haviam coisas destas?
Mas bem, não ligo nada ao pinball. Bilhar, meus caros, é o que me fascina. Uma vez, eu e a minha "malta" do bilhar concorremos a um concurso da EuroSport em que o vencedor ganhava uma mesa profissional. Tinhamos de escrever uma frase. Todos concorremos; a nossa máxima era: "Que ganhe o melhor, mas depois todos jogamos na mesa"...e ouvia-se muito o tipico "Ah e tal mesmo que seja um de voces a ganhar eu tenho bastante espaço lá em casa, caso queiram la colocar (A)" XD
Bem, nenhum de nós ganhou. O que é que eu acho? Acho que jogou demasiada gente e deixaram de ler os e-mails. Isto porque tinhamos de escrever uma frase e, não me quero armar em bom, mas a minha frase estava MUITO superior à que venceu. Aliás, aquilo nem preenchia bem os requisitos que eles pediam. Mas um dia hei-de ter uma.
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490 kg, 88 martelos, mais de duzentas cordas exercendo uma tensão de 16 a 18 toneladas numa estrutura de madeira. E, na minha opinião, o som mais belo e versátil que existe. Tenho uma tara por pianos de cauda. Dentro dos instrumentos em que arranho, nunca me senti motivado a aprender a toca-los a sério, porque são apenas um refúgio para mim, não vou ganhar a vida com eles, vou apenas ganhar psicologicamente com eles, e posto desta forma, a partir do momento em que me sinto bem com o que toco, deixo simplesmente de evoluir e pronto. Com o piano é diferente. Ele domina-me! E obriga-me a querer dominá-lo. Não quero apenas dar uns acordes. Quero conhece-lo, manejá-lo como um fuzileiro maneja uma arma, com frieza mas precisão. Alguém bastante sábio que conheço, disse-me que quando estamos apaixonados aprendemos mais depressa. Eu estou completamente apaixonado pelo Piano.

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